domingo, 18 de agosto de 2013

O PÓ: missão buscar

Ainda procuro


Abri os olhos
e o vento forte bateu
Em mim
e assim
o sabor da maresia tocou
Em mim
Meus olhos ardiam
A luz do sol tocou
E vi
Ao longe as ondas
a brancura da espuma da maré
Vi o balançar
Sem cessar
O vento intrigou meus fio de cabelo
O sabor do vento forte me balançou


Pisquei os olhos


Me abri em Vênus
Nu
Sobre a luz do pó das estrelas
Em mim
Vento de poeira côsmica
a luz das galáxias ardem nos olhos
olhei
pontos infinitos de som luzia
rochas em multipedaços cruzam o sem fim
pedaços rugosos se espatifam no rosto
minha atmosfera se desfaz


Pisquei os olhos


O fundo do mais profundo calor
Vulcões
Pedaços de lava tomam
e lavam o mar seco
rochas se formam sob meus pés
eu procuro o calor
o sabor do calor das profundezas


Pisquei o olhos

Sou larva
mais quente
estou
bola de fogo é
O hidrogênio da verdade queima
é o Sol
ser lua no sol
os olhos caçam encontram tempestades
solares ao ares o sol se desfaz


Pisquei os olhos


Lençóis brancos
janela aberta
se adormeço no sonho eterno
é a tranquilidade horizontal
cama
só cama
sou ama na cama
e tanta
vontade de encontrar
Foi só um pesadelo
uma hora, duas horas
amadurecer em
poucas
horas


Pisquei os olhos

Ainda há procura



imagem:
http://www.revide.com.br/blog/gustavo-junqueira/post/vastidao/

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